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A voz do mundo.

  • Foto do escritor: Armando Ensino de Idiomas
    Armando Ensino de Idiomas
  • 2 de jul. de 2016
  • 1 min de leitura

Uma vez eu me meti a traduzir um belíssimo, inesquecível ensaio de John Galsworthy, o poeta inglês e Nobel de literatura, e o seu trecho inicial ainda hoje ecoa em minha mente:

Quando Deus é tão bom para os campos, de que uso são as palavras – essas pobres cascas de sentimento! Não há como se pintar a Ventura nas asas! Nenhum meio de passar para a tela a glória etérea das coisas! Um único botão-de-ouro dos vinte milhões em um campo vale mais do que todos esses símbolos secos – que não poderão nunca expressar o espírito da neblina espumosa de Maio a se chocar com os arbustos, o coral dos pássaros e das abelhas, as anêmonas a se perder de vista, as andorinhas de pescoço branco em sua Odisseia.

De fato, as palavras, por mais belas e poéticas que possam um dia chegar a ser, jamais passarão de cascas de sentimento. Para podermos expressar a essência da realidade, talvez seja preciso mais do que palavras... talvez seja preciso tentarmos cantar com a voz do mundo...

 
 
 

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